O arrendamento é uma prática comum no mundo dos negócios, permitindo que empresas utilizem bens essenciais sem a necessidade de aquisição imediata. No entanto, o tratamento contábil do arrendamento sofreu mudanças significativas nos últimos anos, especialmente com a adoção da norma IFRS 16, que também foi incorporada ao CPC 06 (R2) no Brasil.
Se você tem dúvidas sobre como contabilizar contratos de arrendamento, este artigo esclarecerá tudo o que você precisa saber!
O arrendamento é um contrato em que o arrendador cede ao arrendatário o direito de uso de um ativo em troca de pagamentos periódicos. Esse contrato pode ser classificado de duas formas:
Arrendamento Financeiro: Quando transfere substancialmente todos os riscos e benefícios da propriedade para o arrendatário.
Arrendamento Operacional: Quando os riscos e benefícios do ativo permanecem majoritariamente com o arrendador.
Com a implementação do IFRS 16/CPC 06 (R2), a principal mudança foi a eliminação da distinção entre arrendamento operacional e financeiro para os arrendatários. Agora, todos os arrendamentos são reconhecidos no balanço patrimonial da seguinte forma:
Ativo de Direito de Uso: Representa o benefício econômico que a empresa obterá com o ativo alugado.
Passivo de Arrendamento: Corresponde ao valor presente das parcelas futuras de arrendamento.
Despesa de Depreciação: O ativo de direito de uso é depreciado ao longo do prazo do contrato.
Despesa Financeira: Representa os juros sobre o passivo de arrendamento.
No reconhecimento inicial:
D - Ativo de direito de uso (Ativo Não Circulante)
C - Passivo de arrendamento (Passivo Não Circulante)
A cada mês:
D - Despesa de depreciação (Resultado)
C - Ativo de direito de uso (Ativo Não Circulante)
D - Despesa financeira (Resultado)
C - Passivo de arrendamento (Passivo Não Circulante)
Diferente do arrendatário, o arrendador mantém a distinção entre arrendamento operacional e financeiro:
Arrendamento Operacional: O ativo permanece no balanço do arrendador e a receita é reconhecida periodicamente.
Arrendamento Financeiro: O arrendador reconhece um ativo financeiro correspondente aos recebimentos futuros do arrendamento.
Exemplo de lançamentos para arrendamento financeiro:
D - Contas a receber (Ativo Circulante)
C - Receita de juros (Resultado)
Com essa mudança, os principais impactos para as empresas são:
Maior transparência financeira: O passivo de arrendamento agora aparece no balanço, refletindo melhor os compromissos financeiros da empresa.
Alteração de indicadores financeiros: Índices como alavancagem e EBITDA podem ser impactados pela nova forma de reconhecimento contábil.
Mudança na gestão dos contratos: Empresas precisam analisar estrategicamente seus contratos de arrendamento para minimizar impactos financeiros e tributários.
A adoção do IFRS 16 e do CPC 06 (R2) mudou significativamente a forma como as empresas contabilizam arrendamentos. Com a nova norma, as empresas precisam ajustar seus controles internos e garantir que seus demonstrativos contábeis reflitam corretamente seus ativos e passivos.
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Contador habilitado pelo CRC-RJ, Felipe é sócio e fundador da FCG Contabilidade, empresa que se tornou uma referência na prestação de serviços de contabilidade empresarial no Rio de Janeiro.